“A teologia racionalista moderna exige que os doutores oficiais da Igreja, tanto no púlpito como na cátedra, gozem de inteira liberdade acadêmica. Isso que dizer que lhes deva ser permitido manifestar as suas opiniões subjetivas, sem restrição alguma; nem mesmo as Sagradas Escrituras lhes devem ser impostas como única fonte e padrão de fé que lhes caiba gravar. O velho princípio cristão de que na Igreja Cristã só se deve ensinar a Palavra de Deus, é repelido como “escravização à letra”, “coerção acadêmica indigna”, “nomofilia”, etc. Contudo, esse reclamo por liberdade acadêmica está em franca oposição às Escrituras Sagradas; é liberdade carnal e ímpia, já que compreende plena liberdade de criticar, condenar e rejeitar a Palavra de Deus. É preciso que se repudie a liberdade acadêmica que a Teologia racionalista moderna cobiça, como anticristã e ateísta, porquanto insiste na sua emancipação de Deus e de Cristo […].

As consequências desastrosas da liberdade acadêmica permitida aos ministros e professores de Teologia estão aí a saltar aos olhos em todas as igrejas em que tal liberdade tem andado em vigor. Encontram-se, nessas denominações, como resultado dessa liberdade ímpia: 1) total confusão doutrinária e infindáveis contendas acerca de problemas teológicos que levaram essas igrejas a sofrer completo desmantelamento (p. ex. denominações em que os modernistas e fundamentalistas se empenham em controvérsias que nunca terminam); 2) negação absoluta das verdades cristãs básicas ensinadas nas Sagradas Escrituras, como inspiração divina da Bíblia, a satisfação vicária de Cristo, a justificação do pecado só pela graça, mediante a fé, a ressurreição dos mortos, etc.

A liberdade acadêmica redundou de imediato em “Teologia progressiva”, isto é, na emancipação da Teologia de acordo com os padrões da razão humana e da ciência moderna, acabando por se transformar completamente em antibíblica. O modernismo do presente, que é consequência direta da liberdade acadêmica, constitui rebeldia contra a Teologia cristã da Palavra de Deus e, consequentemente, repulsa ao cristianismo bíblico.” (Texto extraído da obra Dogmática Cristã, John Theodore Mueller, Editora Concórdia, 2004, p. 91-93)

Os acadêmicos modernistas e pós-modernistas que bradam por liberdade acadêmica nos moldes acima descrito, já se encontram no meio pentecostal, pois tentam afundar o pentecostalismo bíblico e ortodoxo na Teologia Liberal e Progressista Ideológica (Teologia Ecumênica, Teologia Pluralista, Teologia da Libertação, Teologia Feminista, Teologia Negra etc.).

Enquanto a Teologia Liberal, com suas raízes no século XIX, nega escancaradamente os fundamentos básicos da fé cristã, as teologias progressista ideológicas fazem isso abertamente ou sutilmente, afirmando que a Bíblia foi escrita por meros homens que tinham o propósito de defender suas ideologias patriarcais, machistas, racistas e heteronormativas, negando assim a plena inspiração divina, a inerrância e a infalibilidade das Escrituras.

Fiquemos atentos a esses acadêmicos liberais e progressistas, não lhes concedendo o púlpito e nem a cátedra em nossas igrejas, faculdades, seminários, institutos bíblicos, escolas, teológicas etc., e que esses espaços continuem sendo ocupados por acadêmicos e não acadêmicos comprometidos plenamente com a sã doutrina.

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