Não apenas o ecumenismo, mas também o diálogo inter-religioso faz parte dos estudos e propostas da RELEP para o pentecostalismo brasileiro.Num artigo intitulado “Pentecostalismo e diálogo inter-religioso”, de Adriano Souza Lima, publicado na obra “Pentecostalismos em Diálogo”, da RELEP, tal diálogo seria necessário devido ao fato do cristianismo não ser portador de toda a verdade, ou seja, a revelação cristã seria inadequada em relação à plenitude da verdade última que está unicamente em Deus.
Mas tal verdade não nos é revelada na Bíblia? Ou precisamos ainda das “verdades” do espiritismo, do islamismo, do budismo etc.? A teologia bíblica não é suficiente? Parece que para os defensores do diálogo inter-religioso a resposta é não. Dessa forma, a fé e a verdade cristã vivenciadas no pentecostalismo que descarta a possibilidade do diálogo inter-religioso é arrogante, presunçosa e sectarista.
Para finalizar, o diálogo inter-religioso se justificaria por ter como objetivo final a plenitude humana (não deveria ser a glória de Deus?), e por ser “uma questão de sobrevivência, de espiritualidade, de vida, de avivamento e de salvação. Fora desse diálogo, não há salvação possível, não há pentecostalismo genuíno.”Sendo assim, a Bíblia deixa de ser o referencial para se medir a genuinidade do pentecostalismo, e o diálogo inter-religioso assume tal função.
Existe fragmentos da verdade nas diversas religiões? Acredito que sim. Porém, tais fragmentos convivem com a idolatria, a ideia de reencarnação, o não reconhecimento da divindade e da salvação que só há em Jesus etc. Qual desses fragmentos não seriam encontrados no cristianismo, para ser necessário buscá-los no diálogo inter-religioso?As religiões não são instrumentos de trabalho do Espírito, mas resultado do distanciamento dos homens da verdade de Deus, revelada na Bíblia. Jesus é a verdade.
A Verdade ensinou e comissionou os apóstolos e eles foram inspirados pelo Deus trino para registrar nas Escrituras a verdade. Os profetas fizeram o mesmo em relação ao Antigo Testamento.Por qual razão eu deveria dialogar com teologias resultantes da Queda e de suas consequências (depravação total), se o próprio Deus providenciou as Escrituras como revelação especial do seu maravilhoso plano de redenção?
A fé cristã, a nossa salvação e o pentecostalismo não dependem do diálogo inter-religioso, mas da fidelidade ao Deus da Bíblia, cujo Filho manifestou a sua glória, e cujo Espírito nos guia em toda a verdade, sempre alinhado com as Escrituras.
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