O missionário norte-americano Lawrence Olson nasceu em 9 de fevereiro de 1910, em Kenosha, Wisconsin, Estados Unidos. Seus pais eram de origem sueca. Aos 11 anos de idade Olson confessou Jesus como o seu Senhor e Salvador. Aos 13 anos foi batizado em águas, e, aos 16 anos, durante um culto de oração, recebeu o batismo com o Espírito Santo. Seus estudos teológicos foram feitos no Central Bible College, em Springfield, Missouri.

Suas primeiras atividades evangelísticas foram realizadas nas cidades de Appleton e Portage. Em dezembro de 1932, casou-se com Alice Olson. Olson chegou ao Brasil com a sua família em 7 de dezembro de 1938. Passou um ano em Belo Horizonte, aprendendo o idioma, para em seguida mudar-se para Lavras. Viajando de trem, carro, bicicleta ou a pé, abriu trabalhos em diversas cidades. Desenvolveu programas de rádio e ajudou também na reorganização da CPAD.

No campo literário foi tradutor, redator e escritor. Em 1961, fundou o Instituto Bíblico Pentecostal (IBP), no Rio de Janeiro. Em 14 de março de 1989, depois de 50 anos dedicado ao trabalho no Brasil, e com 80 anos de idade, regressou com a sua esposa aos Estados Unidos. Morreu em 29 de março de 1993, em Springfield, Missouri, Estados Unidos.

O Dispensacionalismo recebeu um grande reforço nas Assembleias de Deus no Brasil através da obra “O Plano Divino Através dos Séculos” (CPAD, 1956), de Lawrence Olson. Já na apresentação do seu livro, Olson informa uma lista de obras consultadas, que incluem Dispensational Studies, de Ralph M. Riggs, Ages and Dispensations, de Frank M. Boyd, autores que foram seus professores no Central Bible College, em Springfield. Dentre as demais obras consultadas estão a Bíblia Dake e a Bíblia de Estudo Scofield.

As Sete Dispensações listadas por Olson são: (1) Inocência; (2) Consciência; (3) Governo Humano; (4) Patriarcal; (5) Lei; (6) Graça; e (7) Milênio. Junto com as dispensações, lista também as Oito Alianças: (1) a aliança edênica (Gn 1.28); (2) a aliança com Adão (Gn 3.14-21); (3) a aliança com Noé (Gn 9.1-17); (4) a aliança com Abraão (Gn 12.1-3); (5) a aliança com Moisés (Êx 19.1-25); (6) a aliança palestínica (Dt 28.1 a 30.3); (7) a aliança com Davi (2 Sm 7.16; 1 Cr 17.7; Sl 89.27; Lc 1.32,33); e (8) a Nova Aliança.

Em defesa das perspectivas escatológicas pré-milenial e pré-tribulacional (dispensacionalistas), que ensinam a volta de Jesus em duas fases, onde na primeira ocorre o arrebatamento da Igreja antes da Grande Tribulação, as justificativas apresentadas por Olson para tal ensino são: (1) nenhuma passagem bíblica ensina claramente que a Igreja passará pela Grande Tribulação; (2) o livro de Apocalipse trata em geral dos derradeiros sete anos do século atual, a Septuagésima Semana revelada a Daniel, e a Igreja não é indica como participante da Grande Tribulação; (3) a promessa à igreja de Tiatira, e (4) a promessa à Igreja de Filadélfia favorecem o ensino de que a Igreja não sofrerá a Grande Tribulação; (5) a Grande Tribulação representa um período de juízo e ira sobre um mundo ímpio; (6) a Grande Tribulação, embora afetando o mundo inteiro tem a ver especialmente com Israel; (7) a promessa à Igreja concernente ao arrebatamento não dispõe de nenhum sinal pelo qual podemos determinar a hora exata da vinda de Cristo; (8) o período da Igreja é o período entre a 69ª e a 70ª “semana” (de anos) mencionada em Daniel 9.25-27; (9) o ensino de Jesus em Lucas 21.25-36 deixa bem claro que o destino da Igreja é escapar do castigo que o mundo sofrerá; (10) o ensino de Paulo também enfatiza que a salvação da Igreja inclui o ser salva da ira futura; (11) a trombeta de 1 Coríntios 15.52 e a sétima trombeta de Apocalipse 11.15-19 não são idênticas; e (12) a tipologia presente no Antigo Testamento favorece a perspectiva do arrebatamento da Igreja antes da Grande Tribulação.

Mesmo sob algumas alegações de que a adesão ao Dispensacionalismo no Brasil nunca foi de 100%, é possível afirmar com base nas principais características apresentadas por Charles Ryrie que identificam uma escatologia dispensacional (literalismo hermenêutico, cumprimento literal das profecias do Antigo Testamento, distinção entre Israel e a Igreja, Arrebatamento pré-tribulacional e Reino Milenar), que as Assembleias de Deus no Brasil continuam sendo dispensacionalistas.

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1 Comentário

  1. Aqui é a Fernanda Lima , gostei muito do seu artigo tem
    muito conteúdo de valor parabéns nota 10 gostei muito.