O ecletismo no contexto da crítica textual é um método que pressupõe que: “para qualquer unidade de variação apresentada, qualquer manuscrito (ou manuscritos) pode ter preservado o texto original. A aplicação desse método produz uma apresentação documental extremamente irregular do texto.” (Philip W. Comfort, Manuscritos do Novo Testamento, Vida Nova, 2022, p. 391).

O ecletismo dá ênfase às evidências internas (leitura mais breve, leitura mais difícil, estilo e vocabulário do autor, etc.) nas decisões textuais.

A ênfase em argumentos com base nas evidências internas: “[…] muitas vezes conduzem a decisões opostas sobre variantes textuais, pois cada crítico textual tem suas ou seus próprios preconceitos subjetivos” (Comfort, ibid., p. 386)

Observe o seguinte exemplo:

Em 1 Coríntios 8.2,3 lemos:

“E, se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber.

Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido dele.” (ARC)

A NAA traduz o mesmo versículo da seguinte forma:

“Se alguém julga conhecer alguma coisa, ainda não conhece como deveria conhecer.

Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido por ele.”

O Texto Majoritário, o Texto Recebido e o Texto Crítico-Eclético-Ecumênico das Sociedades Bíblicas Unidas concordam entre si quanto a originalidade das palavras “alguma coisa”, “a Deus” e “conhecido dele (ou por ele)”.

Contudo, seguindo a abordagem eclética, que é altamente subjetiva, com base em apenas duas testemunhas antigas (Clemente e P46), Gordon Fee (1 Coríntios: comentário exegético, Vida Nova, 2019, p. 459-462) sugere que o texto original é muito provavelmente:

“Se alguém acha que chegou ao conhecimento, essa pessoa ainda não conhece como deveria conhecer;

mas, se alguém ama, essa pessoa realmente conhece (ou, é conhecida).

No caso acima, são omitidas as palavras “alguma coisa” (τι) no versículo 2, “a Deus” (τὸν Θεόν) e “por ele” (ὑπ’ αὐτοῦ) no versículo 3.

Deveríamos seguir Gordon Fee e a sua preferência textual eclética e subjetiva, ou o testemunho milenar da grande tradição textual grega?

Sobre o presente caso, o Dr. Wilbur Pickering comenta: “[…] Ele, Gordon Fee, irá determinar qual é o texto original do Texto Sagrado com base na sua própria imaginação” (Deus Preservou o Seu Texto, 2022, p. 416).

O ecletismo permite que cada teólogo ou erudito defina em cada passagem bíblica qual é o texto grego original segundo as suas preferências e conclusões pessoais, mesmo que isso vá de encontro a qualquer consenso dentro da manuscritologia ou crítica textual.

O ecletismo enquanto metodologia promove o subjetivismo nas decisões textuais, e ambos resultam no ceticismo, ou seja, na dúvida e incerteza quanto ao texto original, inspiração e inerrância das Escrituras, pois quanto mais teorias críticas, textos gregos e versões bíblicas, mais dúvidas e incertezas, e mais ceticismo.

Isso é tudo o que Satanás deseja!

O Novo Testamento das novas versões bíblicas é traduzido a partir de um texto eclético, que é o Novo Testamento Grego das Sociedades Bíblicas Unidas.

Prefira as versões bíblicas tradicionais (ACF, King James 1611 e ARC).

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