O método histórico-gramatical é utilizado pela maioria absoluta dos pentecostais assembleianos brasileiros treinados teologicamente, e de forma implícita ele é mencionado na Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil, que descreve os seus fundamentos:

“Nós a interpretamos (a Bíblia) sob a orientação do Espírito, observando as regras gramaticais e o contexto histórico e literário.” (p. 29)

O método histórico-gramatical tem seu ressurgimento nos reformadores, e foi utilizado anteriormente (ou alguns dos seus princípios) pela escola de Antioquia da Síria (séc. II ao IV), por alguns pais da igreja ocidental (séc. IV e V), pelos monges do mosteiro de São Victor, na França (séc. XII), pelos pré-reformadores (séc. XIV) e pelos humanistas cristãos renascentistas (séc. XV e XVI). A Reforma Protestante está diretamente associada à reforma hermenêutico-exegética, que rompe com a alegorização predominante na Idade Média.

O método hermenêutico dos reformadores é, e deve continuar sendo utilizado pelos pentecostais, diferente do que alguns teólogos pentecostais progressistas afirmam.

O referido método foi e continua sendo aplicado com base em pressupostos ortodoxos.Isso não significa que os hermeneutas pentecostais assembleianos não possam utilizar outros métodos mais adequados, por exemplo, para interpretar o gênero literário narrativo, desde que com pressupostos conservadores e ortodoxos.

Descartar o método dos reformadores (histórico-gramatical), colocá-lo no mesmo nível da prática liberal, e qualificá-lo pejorativamente de racionalista, é uma atitude extrema, insensata e prejudicial para o pentecostalismo assembleiano brasileiro.

Tais hermeneutas progressistas não são dignos de nossos púlpitos, nem de nossas instituições de educação teológica.

Pelas suas produções literárias e pelos seus vídeos os conhecereis.

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