O marco inicial do movimento ecumênico moderno é a Conferência Missionária Mundial, realizada em Edimburgo, Escócia, em 1910. Outras conferências missionárias já haviam acontecido, convocadas por protestantes do mundo da língua inglesa, e aconteceram em Nova York e Londres (1854), Liverpool (1860), Londres (1878 e 1888) e Nova York (1900). As questões abordadas na conferência pelas oito comissões constituídas foram: (a) o oferecimento do Evangelho para o mundo não-cristão; (b) a Igreja no campo da missão; (c) a educação em relação com a cristianização da vida nacional; (d) a mensagem missionária em suas relações com as religiões não-cristãs; (e) a preparação dos missionários; (f) o fundamento das missões; (g) missões e governos; e (h) a cooperação e a promoção da unidade. Participaram da conferência de Edimburgo 159 sociedades missionárias, com cerca de 1.200 delegados. As igrejas ortodoxas e a católica romana não foram convidadas para a conferência.[1]

Um dos resultados da conferência de Edimburgo foi a criação em 1921, em Lake Mohonk (Nova York), do Conselho Missionário Internacional. Após a sua criação, o Conselho Missionário Internacional passou a promover uma série de conferências sobre o tema missão e unidade, até se integrar ao Conselho Mundial de Igrejas (CMI), por ocasião da 3ª Assembleia deste realizada em Nova Délhi (Índia, 1963).[2]

Com o passar do tempo, o que prevaleceu foi uma nova forma de ecumenismo, distante dos ideais missionários de Edimburgo, tornando-se um estágio preliminar para o diálogo inter-religioso, e deste para o próprio sincretismo religioso.

O ano de 1910 não foi marcado apenas pela realização Conferência Missionária Mundial de Edimburgo, na Escócia. Neste mesmo ano, no dia 19 de novembro, chegaram ao Brasil os missionários Gunnar Vingren e Daniel Berg, pioneiros do Movimento Pentecostal e das Assembleias de Deus em solo brasileiro.


[1] NAVARRO, Juan Bosch. Dicionário de ecumenismo. Tradução de Ivo Montanhese. Aparecida, SP: Editora Santuário, 2002, p. 126,127.

[2] TEIXEIRA, Faustino; DIAS, Zwinglio Mota. Ecumenismo e diálogo inter-religioso: a arte do possível. Aparecida, SP: Editora Santuário, 2008, p. 29,30.

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