Toda a discussão atual que envolve o texto da NVI 2023 tem em sua base, entre outras questões, o texto crítico-eclético-ecumênico de onde parte a tradução do seu Novo Testamento.

Esse texto grego crítico-eclético-ecumênico é a quinta edição de O Novo Testamento Grego das Sociedades Bíblicas Unidas, que por sua vez tem como principal base manuscritológica os Códices Sinaítico e Vaticano.

Neste códices de péssima qualidade, discordantes entre si e de origem duvidosa, várias palavras e passagens do Novo Testamento foram excluídas, e essas exclusões são reproduzidas em O Novo Testamento Grego das Sociedades Bíblicas Unidas.

Desde que as versões e Bíblias modernas (NVI, ARA, NAA, NVT, etc.) começaram a ser publicadas no Brasil com a tradução do Novo Testamento partindo desse texto crítico-eclético-ecumênico, essa omissão de palavras e passagens era “atenuada” com textos entre colchetes e notas de rodapé, e isso em nome de uma preocupação com o “leitor simples”.

Foi só na publicação da Nova Almeida Atualizada (2017), que se começou a afirmar de forma aberta que aquelas palavras e passagens entre colchetes não eram consideradas parte do original.

Agora, penso eu, que os editores das novas versões decidiram de fato ser mais fiéis ao texto crítico-eclético-ecumênico das Sociedades Bíblicas Unidas, pois além de algumas palavras que já excluiam, aumentaram a “amputação” textual, gerando um “desconforto” entre eles mesmos.

No mundo erudito da crítica textual ou manuscritologia, há os que preferem a tradição textual grega bizantina, de onde é traduzido o Novo Testamento da Almeida Revista e Corrigida, Almeida Corrigida Fiel e King James 1611, que considera as palavras e passagens “amputadas” do Novo Testamento das Bíblias modernas como parte do texto original (essas versões antigas carecem de uma linguagem mais contemporânea e de pequenos ajustes na tradução em alguns locais).

Acompanhemos o desenrolar das discussões sobre a NVI 2023 no arraial dos defensores do texto crítico-eclético-ecumênico das SBU.

Mais cedo ou mais tarde, os problemas textuais dos Códices Sinaítico e Vaticano apareceriam abertamente diante dos olhos dos “leitores simples”.

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