Não existe um padrão bíblico para o preparo de sermões ou pregações. A Bíblia não normatiza um modelo para a prática da pregação. O que temos são princípios.

Não há indícios nas Escrituras de que todas às vezes que os apóstolos tinham que pregar, eles tivessem que dedicar horas e horas no preparo da mensagem. É possível que em alguns casos a reflexão anterior sobre o que pregar estivesse implícita? Sim (At 2.42; 6.4; 13.5, 13-41).

Há outros casos bíblicos onde a mensagem pregada parece ter sido concedida pelo Espírito Santo no momento de transmiti-la (ou bem próximo a isso), considerando as circunstâncias (At 2.14-40; 3.11-26; 8.5,6; 10.34-43; 14.8-17; 17.16-31). Isso pode parecer negligência ou irresponsabilidade, mas não é.

Todo pregador deve ser um estudioso das Escrituras, e se possível estudar sobre interpretação e exposição bíblica. Isto é indiscutível.Acontece que cada pregador tem em sua subjetividade o seu jeito, tempo e ritmo próprio de lidar com o preparo de sermões. O que dá certo com uns, pode não funcionar com outros.

Sermões de dois, três os quatro pontos? Expositivos, textuais ou temáticos? Escritos ou não? Com apelo ou sem apelo? Não há uma regra fixa.

A maneira atual de se elaborar e de pregar sermões nas diversas tradições cristãs é resultado de uma construção histórica, que sofreu a influência de várias culturas, que depende das concepções acerca da sua natureza espiritual, e da compreensão de como o Espírito coopera com o pregador neste processo.

O que de fato é essencial na pregação (ou no seu preparo) segundo as Escrituras? Dentre outras coisas:

– Ela deve ser bíblica;

– Ela deve depender da direção do Espírito;- Ela deve depender do poder do Espírito;

– Ela deve ser fruto de uma vida de oração ;

– Ela deve ser comunicada com linguagem clara;

– Ela deve ser aplicada na vida do pregador e dos ouvintes;

– Ela deve promover a glória de Deus.

Que cada um de nós pregadores, dando o melhor de nós, observando os princípios bíblicos que norteiam a pregação, aprendendo uns com os outros e contando com a cooperação do Senhor, possamos encontrar e aprimorar o nosso jeito próprio de lidar com o preparo do sermão ou da pregação.

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