Eurico Bergstén e o Dispensacionalismo nas Assembleias de Deus no Brasil

Lars-Eric Ole Bergstén, conhecido nacionalmente como Eurico Bergstén, nasceu em 13 de agosto de 1913, em Helsinque, capital da Finlândia, filho de luteranos, aos 17 anos de idade entregou sua vida a Cristo. Foi consagrado ao ministério em outubro de 1933, aos 20 anos, vindo a pastorear algumas igrejas no interior da Finlândia. Em 2 de dezembro de 1936, casou-se com Ester Lindfors, e deste matrimônio nasceram cinco filhos: Nils Göran, Ulla, Gitta, Else e Ruy. Eurico Bergstén faleceu no dia 6 de março de 1999, vítima de um edema pulmonar, aos 85 anos, dos quais 65 dedicou-se incansavelmente ao ministério.

No Brasil, dedicou-se ao ensino da Palavra em Escolas Bíblicas e outros espaços, escreveu 35 comentários para revistas de Escola Dominical, cinco livros de ensino teológico (que foram reunidos em 1999 num só volume sob o título de Introdução à Teologia Sistemática).

O dispensacionalismo também norteia o ensino escatológico de Bergstén. Ele afirma que: “O período em branco entre o fim da sexagésima nona e o começo da septuagésima semana (de Daniel), é chamado ‘A Dispensação da Igreja’.”

Sobre a volta de Jesus, Bergstén escreve:É preciso deixar bem claro que a segunda vinda de Jesus ocorrerá em duas fases distintas. Na primeira fase, como mencionamos acima, haverá o arrebatamento da Igreja. Jesus voltará invisível aos olhos do mundo, detendo-se nas nuvens, e, em um abrir e fechar de olhos, arrebatará para si todos os santos. Isso ocorrerá antes da Grande Tribulação.

A segunda fase da vinda do Senhor acontecerá sete anos mais tarde, já no fim da Grande Tribulação. Dessa vez Ele voltará em grande poder e glória, visível aos olhos de todos e acompanhado dos santos que foram arrebatados. Virá, então, para salvar e restaurar o povo de Israel, destruir o anticristo, amarrar o diabo e governar a terra por mil anos. É muito importante discernir bem entre essas duas fases para que se entenda mais facilmente as profecias acerca do assunto.

A promessa acerca da segunda vinda pessoal de Jesus está firme, pois: (1) se fundamenta na Palavra (Mt 24.35); (2) o Antigo Testamento testifica isso (Dn 2.44-46; Zc 14.1-7; Is 11.4-6; Dn 7.13,14); (3) o próprio Jesus testificou sobre o seu retorno (Mt 22.30; Mc 12.25; Lc 14.14; Jo 5.25; 14.1-3 etc.); e (4) os apóstolos também testificaram (1 Co 1.8; Fp 3.20,21; Cl 3.4; 1 Ts 4.13-18; 2 Ts 1.7; 1 Pe 1.5,7; 1 Jo 2.28; Tg 5.7,8 etc.).

Após o seu arrebatamento, a Igreja se apresentará diante do Tribunal de Cristo (1 Co 1.8; 2 Co 5.10) para entrega de galardão aos santos, e também participará das Bodas do Cordeiro (Ap 19.7). Enquanto isso, na terra, acontecerá a Grande Tribulação, e ao seu final Cristo voltará em glória com a Igreja, visível aos olhos de todos os homens, para restaurar Israel, derrotar o anticristo e seus exércitos, julgar as nações, implantar o milênio, lançar o diabo no lago de fogo e realizar o Juízo Final.

Referências:ARAUJO, Isael de. Dicionário do Movimento Pentecostal. CPAD: Rio de Janeiro, 2007.

BERGSTÉN, Eurico. Introdução à teologia sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.