I – As origens e causas das doenças e enfermidades

1. Consequência do pecado. A Bíblia ensina que o pecado entrou no mundo através de Adão e Eva, trazendo a morte e a enfermidade como consequências. Em Gênesis 3, a desobediência a Deus resultou em maldição sobre a terra, e Romanos 5.12 afirma que o pecado entrou no mundo e a morte através do pecado.

2. Retribuição divina: Em algumas passagens do Antigo Testamento, a enfermidade é apresentada como uma forma de disciplina ou retribuição por desobediência a Deus. Em Deuteronômio 28.15, é mencionado que, se o povo não obedecesse a Deus, maldições, incluindo doenças, virão sobre eles.

3. Ação de Satanás: Em certos casos, as doenças são atribuídas à ação de Satanás. Um exemplo é a história de Jó, onde seu sofrimento e enfermidade foram causados pela ação de Satanás, não por seu pecado pessoal (Jó 2.7).

4. Fatores naturais: Algumas enfermidades podem ser vistas como parte da condição humana e das limitações naturais da vida, como resultado do ambiente, genética e outros fatores não diretamente relacionados a algum pecado específico (embora consequência da Queda) ou à ação divina.

5. Propósito espiritual: Em algumas situações, as enfermidades podem ter um propósito espiritual, como no caso do apóstolo Paulo, que menciona um “espinho na carne” (2 Coríntios 12.7) que lhe foi dado para mantê-lo humilde e dependente da graça de Deus.

Essas causas mostram que a Bíblia aborda a questão das doenças e enfermidades de forma multifacetada, reconhecendo tanto a realidade do pecado quanto a soberania de Deus em todas as circunstâncias.

II – A cura divina no Antigo Testamento

No Antigo Testamento, as curas divinas são frequentemente associadas à intervenção direta de Deus em resposta à fé e à obediência do povo. Algumas passagens e exemplos significativos incluem:

1. Êxodo 15.26: Deus declara que é o Senhor que sara e promete que, se o povo ouvir Sua voz e obedecer aos Seus mandamentos, nenhuma das enfermidades que atingiram os egípcios será imposta a eles. Esse versículo estabelece a relação entre obediência e saúde.

2. A cura de Miriã: Em Números 12, Miriã é afetada por lepra como resultado de sua murmuração contra Moisés. Após a oração de Moisés, Deus a cura, demonstrando a importância da intercessão.

3. Naamã, o siro: Em 2 Reis 5, Naamã, um comandante sírio, é curado de sua lepra pelo profeta Eliseu, que o instrui a mergulhar sete vezes no rio Jordão. Este relato enfatiza a fé e a obediência às instruções de Deus.

4. Oração de Abraão: Em Gênesis 20.17, Abraão ora a Deus, e Deus cura Abimeleque e sua esposa, mostrando que a oração de um justo pode trazer cura.

Esses exemplos mostram que, no Antigo Testamento, a cura divina estava frequentemente ligada à fé, à obediência e à intercessão, destacando a soberania de Deus sobre a saúde e as enfermidades.

III – A cura divina no NovoTestamento

No Novo Testamento, as curas divinas são uma parte significativa do ministério de Jesus e dos apóstolos, demonstrando a compaixão de Deus e a chegada do Reino de Deus. Alguns aspectos importantes incluem:

1. Ministério de Jesus: Jesus realizou diversas curas, como a cura de enfermos, cegos e paralíticos. Em Mateus 4.23-24, é mencionado que Ele percorria toda a Galileia, ensinando, pregando o evangelho e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. Exemplos específicos incluem a cura do cego de Jericó (Marcos 10.46-52) e a cura da mulher com fluxo de sangue (Marcos 5.25-34).

2. Curas como sinal do Reino de Deus: As curas realizadas por Jesus não apenas atendiam necessidades físicas, mas também serviam como sinais da vinda do Reino de Deus. Em Lucas 9.2, Jesus enviou os discípulos a pregar o Reino de Deus e curar os enfermos, mostrando a conexão entre a mensagem do evangelho e a cura.

3. Curas pelos apóstolos: Após a ascensão de Jesus, os apóstolos continuaram a realizar curas. Em Atos 5.12-16, é relatado que muitos sinais e prodígios eram feitos pelos apóstolos. Em Atos 19.11-12, Deus fazia maravilhas extraordinárias pelas mãos de Paulo, resultando em curas através de lenços e aventais.

4. Oração pelos enfermos: A prática de orar pelos enfermos é enfatizada, como em Tiago 5.14-15, onde é instruído que os anciãos da igreja orem sobre os doentes, ungindo-os com óleo em nome do Senhor.

Essas curas no Novo Testamento evidenciam não apenas o poder de Deus, mas também a importância da fé, da intercessão e da missão da Igreja em continuar a obra de Cristo.

IV – O sacrifício de Jesus e a cura divina

O sacrifício de Jesus é central na teologia cristã e está intimamente relacionado à cura divina, tanto espiritual quanto física. Destacamos aqui que:

1. Obra redentora de Cristo: O sacrifício de Jesus na cruz é visto como a consumação da obra redentora, onde Ele tomou sobre si os pecados da humanidade. Isaías 53.4-5 profetiza que “certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si”, indicando que, através de seu sofrimento, Jesus não apenas lidou com o pecado, mas também com as enfermidades.

2. Cura como parte da expiação: A cura divina é considerada um dos benefícios da expiação de Cristo. 1 Pedro 2.24 afirma que “pelas suas pisaduras, fomos sarados”, enfatizando que a obra de Cristo na cruz não se limita à salvação da alma, mas também inclui a promessa de cura para o corpo.

3. Manifestação do Reino de Deus: Durante seu ministério, Jesus realizou numerosas curas como sinais da chegada do Reino de Deus. As curas não eram apenas atos de compaixão, mas também demonstrações do poder de Deus e da realidade do Reino que Ele veio estabelecer.

4. Oração e intercessão: O sacrifício de Jesus também abre o caminho para que os crentes se aproximem de Deus em oração, pedindo cura e ajuda (Hb 10.20-23). A fé em Jesus e sua obra redentora é fundamental para a experiência da cura divina, conforme mencionado em Tiago 5.14-15, onde a oração pela cura é incentivada.

5. Esperança de restauração: O sacrifício de Jesus oferece aos crentes a esperança de uma futura restauração completa, onde não haverá mais dor, doença ou morte. Romanos 8.23 fala sobre a “redenção do nosso corpo”, que é a promessa de que, em Cristo, haverá uma restauração total no futuro.

Em resumo, o sacrifício de Jesus é fundamental para a compreensão da cura divina, pois estabelece a base para a libertação do pecado e a promessa de cura, tanto no presente quanto na esperança futura.

Cristo cura sim!

Fonte: Pentecostalismo com Inteligência

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