O Papa Francisco pediu perdão em 2014 aos pentecostais italianos pelas perseguições infligidas pela Igreja Católica. Só faltou pedir perdão pela tradição e erros dogmáticos propagados ao longo da história, e ainda postos em pé de igualdade com as Escrituras.

No ecumenismo atualmente proposto, por um lado os pentecostais devem relevar a tradição e as heresias dogmáticas do catolicismo romano, e em troca a Igreja Católica considera os pentecostais irmãos (separados de nós) em Cristo, que devem reconhecer “o único Colégio apostólico, a cuja testa está Pedro, a fim de constituir na terra um só corpo de Cristo, ao qual é necessário que se incorporem plenamente todos os que de alguma forma, pertencem ao povo de Deus. (Decreto Unitatis Redintegratio, Concílio Vaticano II).

Tal ecumenismo, que tenta se propagar através do discurso sociológico e pós-moderno da tolerância e do pluralismo religioso, é utópico e hipócrita.

Todos (inclusive líderes e acadêmicos pentecostais) são livres para aderir a proposta ecumênica entre pentecostais e católicos, ao mesmo tempo em que todos são livres para rejeitá-la pelas razões aqui expostas.

A unidade em amor proposta na Bíblia não relativiza a própria verdade bíblica (não a minha verdade).

Não coloca a evangelização ou a ação social acima da obediência ao Senhor nem da Bíblia. A evangelização e a ação social segundo as Escrituras devem ser consequência de um encontro pessoal, transformador e salvífico com o Cristo vivo. A fé sem as obras é morta. Fomos criados em Cristo para as boas obras.

Não minimiza erros dogmáticos graves que contradizem as Escrituras, nem práticas idólatras travestidas de “veneração”.

Não chama de comunhão uma relação institucional ou pessoal forjada teoricamente pelo discurso politicamente correto, com ares de piedade.

A verdadeira piedade implica em amar ao próximo, mas se revela também, e acima de tudo, em amar a Deus e a obedecer aos seus mandamentos (não apenas os covenientes).

O ecumenismo em tempos pós-modernos só mudou um pouco a roupagem (linguagem e atos), mas a sua essência e propósitos continuam os mesmos, ou seja, submeter e reintegrar todos (pessoas e igrejas) os que se separaram da igreja romana a um catolicismo desviado das Sagradas Escrituras.

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