Abrindo aleatoriamente nesta manhã o livro “Amado Timóteo” (Editora Fiel, 2005), editado por Tom Ascol, me deparei com o capítulo escrito por Lingon Duncan, intitulado “Continue Estudando”. Esse capítulo é subdividido em quatro partes: (1) A importância do estudo; (2) O que estudar; (3) Como estudar; (4) Quando estudar; (5) Por que estudar; (6) Qual o seu alvo ao estudar; e (7) O que você faz com os seus estudos.

O destaque que dou aqui é para o tema “Por que Estudar”. Conforme o autor do texto, muitos bons homens de Deus têm caído vitimados por falsas motivações, perdendo assim para si mesmo e para a igreja o verdadeiro benefício do estudo ou formação continuada. Um desses desvios é a busca por status acadêmico (a idolatria das titulações). É claro que as titulações acadêmicas não são um mal em si mesmas, e desde já é preciso deixar claro que não sou promotor do anti-intelectualismo.

Para Duncan, muitos renomados seminários e instituições de ensino teológico atraem os pastores (e demais obreiros) a fazerem um curso “avançado” que dificilmente seria considerado avançado em padrões reais, simplesmente porque oferecem um título de graduação ostentoso, possuindo na realidade um conteúdo inexpressivo. Como exemplo do que está tratando, Duncan cita o caso de F. F. Bruce que tinha graduação básica, mas que mesmo assim foi devidamente reconhecido como um grande erudito em seu campo de estudos. A falta de um doutorado para Bruce não fez a menor diferença, e isso se comprova claramente pelo fato de que ele tinha mais conhecimento do que uma sala cheia de doutores (vazios de conhecimentos relevantes).

No Brasil, infelizmente, alguns bons obreiros ao buscar especializações e titulações acadêmicas em instituições de ensino teológico onde a teologia liberal e/ou progressista (Teologia da Libertação, Teologia da Missão Integral, Teologia Feminista, Teologia Negra, Teologia Queer, Teologia Ecumênica, Teologia Pluralista etc.) é disseminada, estão se desviando da sã doutrina e prestando um desserviço para a sua denominação ou tradição cristã. Esses se tornaram reprodutores dessas teologias em grupos de estudos acadêmicos e ecumênicos (católicos e evangélicos), e em alguns espaços confessionais/denominacionais.

Por que estudar teologia e especializar-se? A resposta de Duncan é que tal especialização (pós-graduações) deve servir para promover a edificação de outros obreiros, e para abençoar a igreja de forma geral.

Estude, busque a especialização máxima possível, mas faça isso para o bem da igreja e para a glória de Deus.

Não ceda ao encanto acadêmico que busca apenas títulos, nem aos modismos e desvios doutrinários que militam contra a ortodoxia bíblica.

Não seja um acadêmico arrogante, que olha os pastores e obreiros sem a mesma titulação (ou sem titulação alguma) de “cima para baixo”, e com ar de superioridade intelectual e ministerial. Seja humilde.

O verdadeiro ministério cristão é um dom de Deus (Ef 4.11), não é concedido pela academia.

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